domingo, 27 de junho de 2010

Promoção: Amasse seu aro e apareça no seu aro!!!




O no seu aro sempre com grandes promoções lança agora a grande chance de você aparecer no blog! Melhor que o "Caminhão do Faustão" e o "Gugu na minha casa", no seu aro lança a promoção: "Amasse seu aro e apareça no seu aro!".

O título é auto-explicativo e as melhores amassadas ganham um post no blog.



E a nossa primeira premiada foi Ivelize Silva de Souza que conseguiu esta proeza constante das fotos aqui apresentadas.

Segundo depoimentos de populares colhidos pela equipe jornalística do seu aro de plantão, Ivelize trafegava por volta das quatro da manhã pela Avenida Torquato Tapajós (Manaus) no sentido Centro-Cidade Nova, quando teria perdido o controle da direção do veículo e invadido um canteiro de flores em frente ao estabelecimento "COMERCIAL RISADINHA".



A motorista nada sofreu e os outros quatro tripulantes do prisma desgovernado sofreram lesões leves.

Logo após a colisão com o canteiro de flores, Ivelize não perdeu tempo, e antes mesmo de chamar a ambulância, os bombeiros, a guarda costeira ou os escoteiros mirins acionou logo o membro do seu aro de plantão, no caso eu, para relatar o ocorrido.



Pela manhã foi possivel analisar melhor o estrago. Segundo fonte confidencial, Ivelize na verdade estaria tranquilamente dirigindo seu veículo,quando em um súbito lapso de romantismo, teria tentando colher uma das flores do canteiro do comercial risadinha com automóvel ainda em movimento.

O cálculo saiu errado e deu no que deu.



Ivelize não perdeu o bom humor e o espírito esportivo passando horas sendo sacaneada pelo presentes, inclusive pelo trio de policiais acionados para verificar o ocorrido.

Aproveitando o espaço, queremos mandar um abraço para o Aspirante Cabral que compreendeu o animus jocandi da situação e inclusive riu dos inúmeros trocadilhos e piadas feitas em cima do acidente.

LEMBRANDO: o melhor amasso de aro irá ganhar:

1- Um tubo de kY
2- Um DVD autografado de Frankito Lopes - O Rei dos Bregueiros
3- Uma Tapauer
4- Um Vale-Transporte
5- Um figurinha do Aldair no álbum oficial da copa de 94.

Pq você é jovem!!!!

E este post é um oferecimento da COMERCIAL RISADINHA!

COMERCIAL RISADINHA a parceira do Agro-Negócio!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Adocica meu amor!



Quem se regozija com Calipso hoje em dia, não pode deixar de considerar que há muito tempo o Estado do Pará vem fornecendo o que há de melhor na MPB.

Depois da gripe espanhola, a febre da lambada foi a mazela que mais trouxe vítimas na história da humanidade.

O maior responsável pela expansão do mal se chama: Beto Barbosa. Paraense.

Alguns dizem que a lambada foi inventada pelo próprio demônio e os movimentos fariam alusão ao modo de mover-se no inferno em meio às chamas.

o que importa é que a Lambada virou mania no mundo. Sendo tema até de filme de holywood.



The Forbidden Dance- Lambada, A Dança Proibida é um filme americano estrelado pela ex-Miss EUA, Laura Harring em 1990. Nisa (Laura Harring), uma bela princesa do Brasil, que se preocupa em acabar com a destruição de sua vila e da floresta tropical por uma grande corporação multinacional, viaja para Los Angeles para se encontrar com Benjamin Maxwell (Richard Lynch), o presidente da empresa.

Mas sua visita é em vão, ela é avisada para marcar um encontro. Desanimada e desencorajada, Nisa aceita um emprego como empregada doméstica para se manter na América e finalmente ter o encontro.

Porém ela se apaixona por Jason (Jeff James), o belo filho dos patrões. Ela decide ensiná-lo a apaixonada e erótica dança de sua terra... Lambada.

Juntos eles decidem que a única maneira da mensagem chegar ao povo americano é entrando num concurso de Lambada. Mas Ashley (Barbra Brighton), a ex-namorada de Jason, se une a Benjamin Maxwell, ele para impedir que sua empresa seja denunciada e ela pra se vingar por ter sido preterida por Nisa.

Jason e Nisa estão dispostos a não se deterem em nada que os mantenha fora da pista de dança e ganham o concurso aproveitando o espaço na mídia para veicular uma campanha preservacionista e assim salvar a aldeia de Nisa.

Curiosamente, segundo o filme, no Brasil se fala espanhol.

Enfim, apesar da beleza e sensualidade do ritmo que tomou o mundo. Beto Barbosa também era um grande poeta, atento para as questões mais atuais da sociedade brasileira.

Barbosa tinha o ritmo e a melodia. Faltava uma letra. Em uma tremenda crise de criação que afeta constantemente grandes gênios, Beto não conseguia expressar suas emoções no papel(só no higiênico).

Um dia, revirando antigos trabalhos seus feitos durante a faculdade de publicidade e propaganda em Nova Iorque, Beto encontrou um jingle criado para uma campanha de um novo adoçante que dizia ter sabor exatamente igual ao açúcar.

Não deu outra. Bastaram alguns ajustes e um dos maiores clássicos da MPP (Música Popular Paraense) estava pronto.

Adocica, meu amor, adocica,
Adocica, meu amor, a minha vida, oi...
Tá que tá que tá ficando
Ficando muito legal
Nosso namoro é veneno
Veneno do bem e do mal (bis)

Na estrofe inicial Beto brinca com a relação do mito cristão da serpente e do veneno. O jogo da sensualidade na Lambada sempre remete ao mito judaico-cristão da queda do paraíso.

Mas o veneno destilado é do bem e do mal, ou melhor, vai além do bem e do mal, supera os impasses religiosos e toma o amor como afeto livre e desinibido das amarras morais.


Adocica, meu amor, adocica,
Adocica, meu amor, a minha vida, oi...
Bate feliz o meu coração
Quando vê você (bis)
Adocica, meu amor, adocica,
Adocica, meu amor, a minha vida, oi...
Lua luanda encanta
Os meus caminhos sem fim
Quero ter você pra sempre
Sempre pertinho de mim, oi...
Morena coce gostoso
Magia do meu prazer
Me faz de gato e sapato
Me dá, me dá mais prazer
Bate feliz o meu coração
Quando vê você (bis)

Vejam que o alcance do prazer se torna o lugar da efetivação do homem, para além das amarras sociais.

O masoquismo, a magia, o sombrio, a sensualidade, enfim, todas as manifestações passam a ser puras e genuinas expressões do ser humano, demasiado humano. Beto Barbosa é um grande nietzcheano.

Luiz Caldas: Haja Amor



O no seu aro estava devendo um post sobre o grande Luiz Caldas, inventor do deboche.
Analisaremos uma de suas grandes interpretações, a canção Haja Amor.

Quando garoto, de origem humilde, Luiz começou a apresentar-se com bandas amadoras. Já aos dez anos de idade viajava por pequenas cidades, onde participava de shows. Aprendeu, assim, a tocar vários instrumentos, tendo praticamente vivido no meio musical.

No início dos anos 70 o então Luiz Caldas foi morar em Vitória da Conquista-BA e ganhou a vida trabalhando em alguns comércios da cidade (Panificadoras, supermercados e bares) exercendo a função de serviços gerais, mas nas horas vagas tocava no ¨conjunto¨ musical de um famoso músico da época, chamado João Faustino.

Luiz Caldas foi um dos cantores que, misturando ritmos baianos introduziu nos trios elétricos uma nova sonoridade através de novos instrumentos (como o teclado), inaugurando uma nova era na cultura musical da Bahia, embrião da Axé Music.

Seu apogeu veio quando ganhou a Coroa de Prata no programa Rei Majestade, do SBT e apresentado por Silvio Santos.

E a música:

Eu queria ser uma abelha
Prá pousar na tua flôr
Haja Amor! Haja Amor!
Fazer zum-zum na cama
E gemer sem sentir dor

Em outra oportunidade verificamos a constante necessidade do eu-lírico nas músicas populares em se transformar em algo para expressar seu afeto, queria ser uma abelha, quem dera ser um peixe. Parece que ante a frustração da relação humana, resta ao poeta conjecturar a efetivação do amor em planos animais.

Gemer sem sentir dor é uma dos achados poéticos mais felizes da MPB, uma das maneiras mais singelas de se descrever o coito.


Haja Amor! Haja Amor!...
Na colméia dos teus sonhos
Quero ser teu cantador
Haja Amor! Haja Amor!
Pois batuqueiro é batuqueiro
E cantador é cantador


Nessa estrofe, Luiz Caldas estabelece uma hierarquia irrevogável, afirma veementemente que batuqueiro é batuqueiro e cantador é cantador, uma crítica feroz aos intérpretes percussionistas da música, demonstrando sua posição firme no sentido das coisas não se misturarem.

Curiosamente, Luiz é um exímio percussionista.

Haja Amor! Haja amor!...
Haja Amor prá plantar
Haja Amor prá sorrir
Haja Amor prá viver
Haja Amor
Seja flôr
Anjo no céu...


O apelo à imagens extremas, flor da terra, anjo do céu, amplia o poder da imagem para algo intenso, teogônico.

Eu queria ser uma abelha
Prá pousar na tua flôr
Haja Amor! Haja Amor!
Fazer zum-zum na cama
E gemer sem sentir dor
Haja Amor! Haja Amor!...
Na colméia dos teus sonhos
Quero ser teu cantador
Haja Amor! Haja Amor!
Pois batuqueiro é batuqueiro
E cantador é cantador
Haja Amor! Haja amor!...
Haja Amor prá crescer
Haja Amor prá subir
Haja Amor prá vencer
Haja Amor
Seja flôr
Anjo no céu...

Beautiful...

Frankito Lopes: O Indio Apaixonado



Em janeiro estive em Fortaleza, e peguei minha vó Dona Lourdes, sempre antenada com as questões pos-modernas, escutando um mp3 supimpa de um tal de indiozinho do amor.

Escutei e aprovei. Chegando em Manaus pude saber mais...

Descendente de uma tribo indígena da Ilha do Bananal, no Estado de Mato Grosso, Frankito Lopes marcou território com um repertório romântico com forte acento regional, no Norte e Nordeste do Brasil.

Influenciado por boleros e guarânias, Frankito, que se auto-intitula o Índio Apaixonado, lançou em 2003 seu primeiro CD, “Frankito Lopes”, com os hits "A Namorada Que Sonhei” e “É Paixão e Nada Mais”.

Frankito Lopes deveria ser considerado o precussor da world music no Brasil. Com seus penachos, cabelêra longa, indumentária indígena (mais de um apache americano que um nativo do Araguaia) e trejeitos de pop-star, o índio apaixonado faria sucesso neste mundo globalizado.

Frankito fez fama com canções como "Quero Dormir em Teus Braços", "Eu Canto Porque Sou Apaixonado", "Cantando e Chorando", D"eixe Meu Cabelo", "Opala Vermelho", e tantas outras pérolas, de rocks a guarânias, recheadas de "ui-ui-ui's", acabou transformando-se no Rei dos Bregueiros. E tem súditos pra segurar o título.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dance com Nunes Filho!!



Retomando nossas encetadas pelo meio musical, depois de uma análise sobre o talento e a obra do muso do brega Raimundo Soldado (procure no arquivo) o no meu, no seu, no nosso aro, tem a honra de tratar sobre o maior exponente da MPA (Música Popular Amazonense): Nunes Filho, o Príncipe do Brega.




Sir Nunes Abramovich Rockfeller Ford Abravanel Onassis de Orleans e Bragança Rossi III Filho (Copenhague, 29/01/1950) é herdeiro direto dos tronos de Olinda (da dinastia Rossi) e de Aragão, Borba, Óbidos, Manicoré e Alenquer (dinastia Andrade) e mais três territórios à sua escolha.

Criado em um meio bastante musical, nosso pequeno príncipe acostumou-se a ouvir as canções de seu pai que o acalantavam na hora do sono. Ainda criança mudou-se para Viena onde estudou piano clássico por doze anos, mas percebendo sua insatisfação com o instrumento e sua inclinação cada vez mais evidente para a dança, fugiu com o Ballet Bolshoi que realizava excursão na capital austríaca.

Foram oito anos dedicados ao balé clássico, mas os passos de Astaire falaram mais alto em seu coração e finalmente mudou-se para Nova Iorque, onde não chegou a conhecer seu ídolo, mas conseguiu papéis menores na Broadway.

A grande guinada na sua carreira ocorreu em 1977, junto com um dançarino também da Broadway de origem italiana chamado John Joseph Travolta. Nunes Filho inventaria uma nova dança que atendia diretamente ao novo movimento de discotecas e canções dançantes.

No mesmo ano surge o clássico Saturday Night Fever (Embalos de Sábado à Noite) que seria estrelado pelo príncipe, se não fosse uma torção no tendão de Aquiles, um dia antes do início das gravações, quando após horas de desgastantes exercícios, elaborava um complexo movimento que mais tarde seria empregado na ginástica artística e que se denominaria duplo twist carpado.

Nunes Filho foi substituído pelo colega Travolta e decepcionado por este não ter lhe dado nenhum crédito na criação dos passos, resolveu voltar para uma de suas glebas, Borba, e prometeu para si que nunca mais voltaria a dançar.


O Ingrato Travolta colhendo os frutos do talento de Nunes Filho


Mas a dança estava na alma de nosso Príncipe. Tanto que com o vôo marcado de volta para o Brasil, Nunes se encontrava em uma estação de metrô da Big Apple quando passou por um grupo de cinco irmãos negros que cantavam e dançavam com muita desenvoltura.

Absorto em seu próprio drama, Nunes passou por eles sem dar bola, mas reteve sua atenção um garoto mais novo que possuía uma voz angelical e um gingado impressionante, Nunes com uma envergadura única, retroagiu alguns passos para deixar algumas moedas para os meninos, deslizando de trás para frente no chão encerado da estação de metrô, o movimento de Nunes Filho impressionou os jovens que perguntaram a ele como se chamava aquele estranho passo.

Nunes que ainda não compreendia muito bem o inglês americano ( Aprendeu em Oxford o britânico) perguntou o que os garotos queriam dizer.

Os jovens entenderam mal as palavras ditas pelo dançarino aristocrata e acreditaram que ele havia dito: Moonwalk.

Intrigado com o estranho movimento, um dos irmãos tentou executá-lo em casa e depois de muitas tentativas, o passo se tornou a marca do menino que mais tarde seria conhecido no mundo inteiro como o rei do pop, nada mais nada menos que Michael Jackson.

Deprimido e enfrentando problemas com drogas (carimbó e toadas de boi) Nunes Filho passou a cantar na noite Manauara. Apesar da voz inconfundível, das letras profundas e da interpretação marcante, foi considerado pela crítica especializada como inferior ao seu pai Sir Reginaldo Nunes Abramovich Rockfeller Ford Abravanel Onassis de Orleans e Bragança Rossi (O Rei), por este ter um gingado malevolente, enquanto Nunes permanecia estático no palco.

Os críticos foram impiedosos com o Príncipe chegando a afirmar que este só conseguia espaço na mídia local em razão de sua ascendência aristocratica.

Revoltado, Nunes passou a vender pessoalmente seus cds, chegando inclusive a levar seu cd autografado na casa do comprador, hábito que mantém até hoje.

A reconciliação de Nunes Filho com a dança veio em um grande evento chamado Brega in Santarém, onde vaiado pelo público ante sua inércia, superou o trauma e descumpriu sua promessa, executando um passo estranho e original que calou o público estupefato.

O passo combina as lições adquiridas no Bolshoi, com um gingado que se inspira nas fintas do craque Garrincha aliadas à sensualidade das danças caribenhas e latinas, em particular a cumbia.

Ainda hoje o movimento é difícil de ser descrito e é o campeão temático das monografias de conclusão de curso da maioria das faculdades de dança pelo país.

Uma cúpula de especialistas do naipe de Carlinhos de Jesus e Ana Botafogo já buscou explicar o estranho passo, em vão. Alguns dizem que Nunes o aperfeiçoou pisando em brasas quentes, mas até hoje nada foi provado.

Certa feita, Galvão Bueno e Arnaldo César Coelho foram convidados a prestigiar um show do Príncipe no Canecão. Logo que Nunes iniciou os primeiros movimentos Galvão exclamou:

-Mas Arnaldo, é impossível isso que ele tá fazendo, a física não permite, só se ele tivesse um elástico!

O público incomodado em coro vociferou:

- Cala a boca Galvão!!

Já no curso de Dança da Faculdade de Dança, Música e Belas-Artes da Universidade de Itapipoca, o passo de Nunes Filho virou matéria autônoma: “Passinho do Nunes I (propedêutica), Passinho do Nunes II (Histórico) e Passinho do Nunes III (Execução) sendo pré-requisito para quase todas as demais disciplinas.

Ante todo o exposto, só resta ao leitor acessar o youtube e ver com seus próprios olhos a beleza, envergadura, elasticidade, elegância, sensualidade e malevolência da dança do Príncipe do Brega Nunes Filho.

http://www.youtube.com/watch?v=W-awtM4E19M

Mas não é só na dança que Nunes Filho se destaca, grande compositor, Nunes é o autor do clássico “Subindo pelas paredes”, mais conhecido como “dança da lagartixa”, onde executa seu passo fenomenal.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Noseuarofobia



Na última postagem comentei sobre os gostos e preferências peculiares que ajudam a formar uma subjetividade supostamente diferenciada nesse mundo de massificação.

Trata-se nada mais nada menos do que a vã tentativa de considerar-se como um sujeito único e de gosto próprio, não mais um "alienado".

Agora trataremos de um ponto elementar na constituição desta personalidade própria, meu pretenso intelectual.

Além de ser especialista em coisas que ninguém conhece, por uma razão clara, posto que a literatura taiwanesa não tem a mínima relevância, muito menos o cinema ucraniano, é importante que você tenha fobias que acentuem seu caráter excêntrico.

Tradição inaugurada por seres como Woody Allen, um bom cult não pode passar sem fobias. Longe de guerras, conflitos, violência social, más condições de saneamento, cumpre ao intelectual cult temer coisas abstratas que ressaltem sua sensibilidade e humanidade.

Se voê nunca achou nenhuma fobia digna de nota, segue uma larga lista de ótimas fobias, observe e escolha a mais apropriada à sua personalidade:

- Abissofobia - medo de abismos, precipícios.
- Ablepsifobia - medo de ficar cego (Cego não tem).
- Ablutofobia - medo de tomar banho (Um psiquiatra resolveria o problema do cascão).
- Acluofobia - medo ou horror exagerado à escuridão.
- Acrofobia - medo de altura.
- Aeronausifobia - medo de vomitar (quando viaja de avião).
- Agrafobia - medo de abuso sexual (quem não tem?).
- Aletrorofobia - medo de galinhas. (ornitofobia)(meu amigo Adolfo sofre).
- Algofobia - medo de dor.Idem agliofobia.
- Anatidaefobia - medo de ser observado por patos (você já reparou no olhar de um pato?).
- Automatonofobia - medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrônicas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível).
- Batofobia - medo de profundidade (por isso que eu não leio Paulo Coelho).
- Cainofobia ou cainotofobia - medo de novidades.
- Cinofobia - medo de cães (gatos sofrem muito disso).
- Cipridofobia, ou ciprinofobia - medo de prostitutas ou doença venéreas (besteira ter medo de uma gonorreiazinha).
- Coimetrofobia - medo de cemitérios.
- Coulrofobia - medo de palhaços (viva o Bozo!! Difusor maior dessa fobia).
- Cristãofobia, cristofobia ou cristianofobia - medo dos cristãos (eu sofro).
- Deipnofobia - medo de jantar e conversas do jantar (eu temo não ter o que jantar).
- Defenestrofobia - medo de ser atirado de janelas (Axel Follen e Isabella Nardoni sofreram disso).
- Epistemofobia - medo do conhecimento (ta aí a desculpa que você sempre quis).
- Equinofobia - medo de cavalos.
- Eremofobia - medo de ficar só.
- Escotofobia - medo de escuro.
- Estupofobia - medo de pessoas estúpidas (eu sofro).
- Falacrofobia - medo de tornar-se careca (Mikkael essa é tua).
- Farmacofobia - medo de tomar remédios.
- Febrifobia, fibrifobia ou fibriofobia - medo de febre.
- Fengofobia - medo da luz do dia ou nascer do sol.
- Filosofobia - medo de filosofia (a filosofia é mesmo assustadora).
- Flatusfobia - medo de liberar flatos a valer.
- Gamofobia - medo de casar.
- Glossofobia - medo de falar ou tentar falar em publico.
- Hexacosioihexecontahexafobia - medo do número 666.
- Hidrargiofobia - medo de medicamentos mercuriais.
- Hidrofobia - medo de água.
- Hipsifobia - medo de altura.
- Hipopotomonstrosesquipedaliofobia - medo de palavras grandes (esse nome é uma sacanagem- o cara vai ter medo do nome da própria fobia- quem designou esse nome tava de putaria)
- Japanofobia - aversão e medo irracionalde japoneses e de sua cultura (eles fazem por onde).
- Katsaridafobia - medo de baratas.
- Liticafobia - medo de processos ( o Maluf sofre).
- Maniafobia - medo de insanidade.
- Meteorofobia - medo de meteoros.
- Metifobia - medo de álcool (eu enfrento esse mal todos os dias).
- Metrofobia - medo ou ódio de poesia.
- Musofobia ou murofobia - medo de ratos.
- Nostofobia - medo de voltar para casa.
- Octofobia - medo do numero 8.
- Odontofobia - medo de dentista ou cirurgia odontológica.
- Oenofobia - medo de vinhos.
- Ofidiofobia - medo de cobras.
- Oftalmofobia - medo de estar sendo vigiado.
- Penterofobia - medo da sogra.
- Pirofobia - medo do fogo.
- Parasquavedequatriafobia - medo de sexta-feira 13.
- Selachofobia - medo de tubarões.
- Sexoafobia - medo de fazer sexo (?).
- Tacofobia ou Tachofobia - medo de velocidade.
- Tripanofobia - medo de injeções.
- Unatractifobia -medo de pessoas feias (eu sofro).
- Vacinofobia - medo de vacinação.
- Virginitifobia - medo de estupro.
- Sacrofobia- medo ou aversão à coisas sagradas.
- Gefirofobia- medo de atravessar pontes.
- Claustrofobia- medo de lugar fechados (clássico).
- Agorafobia- medo de lugares abertos.
- Necrofobia- medo dos mortos.
- Hematofobia- medo de sangue.
- Pecatofobia- medo de cometer pecados.
- Clinofobia- medo de cama ou de ir pra cama.
- Tricofobia- medo de cabelo.
- Verbofobia- medo de palavras.
- Vestiofobia- medo de roupas.
- Iatrofobia- medo de médico.
- Ginofobia- medo de mulher.
- Ombrofobia- medo da chuva.
- Talassofobia - medo de mar.
- Antofobia- medo das flores.
- Dendrofobia- medo de árvores.
- Optofobia- medo de abrir os olhos.
- Pedifobia- medo de crianças.
- Balistofobia- medo de bala (Steven Seagal é o único ser humano que não sofre disso)
- Tropofobia- medo de mudar de situação ou de lugar
- Agirofobia- medo das ruas ou de atravessar uma rua
- Cromofobia- medo de certas cores (de fato o roxo é de dar pânico)
- Nictofobia- medo da noite
- Ergofobia- medo do trabalho ( o mal do seu madruga)
- Decidofobia- medo de tomar decisões
- Antropofobia- medo de gente
- Astrofobia- medo de fenômenos meteorológicos
- Pantofobia- medo de tudo (esse tá fudido)
- Fobofobia- medo de ter medo
- Afobia - medo da falta de fobias (se você não se encaixou em nenhuma você entra nessa)

E ai? Quais fobias você tem?

domingo, 20 de junho de 2010

The Mighty Boosh



Inúmeras vezes pude acompanhar o processo de transformação do cult em pop. Do mesmo modo pude ver a insatisfação geral de cultuadores de indigentes ao se tornarem apenas mais um dos membros de uma legião de adoradores do mais novo arregimentador de massas.

Com o tempo, alguns sujeitos tornaram-se especialistas em coisas que ninguém conhece. São os tipos que começaram a ver cinema iraniano quando ninguém sabia que existia cinema no Irã, os que começaram a ouvir Belle and Sebastian enquanto todo mundo achava que se tratava de uma dupla tipo Sandy e Junior.

Tais malucos zanzam pela web e zapeiam pelos canais da tv que todo mundo pula à procura de algo inusitado (nem precisa ser legal, o importante é que ninguém conheça) para que no dia seguinte possam comentar:

"Que Tarkovski que nada, estou imerso na subjetividade de um diretor ucraniano pós-chernobyl muito transcendente"

Tais criaturas vivem em uma angústia infinita, posto que vivem a caçar o desconhecido, mas este só tem valor se for tornado público como algo valoroso, então compartilham suas descobertas nem que seja com outros cedentos e logo o inusitado se torna dominio comum, então passam a procurar outra coisa e assim seguem.

Não existe coisa que irrite mais uma criatura como essa do que ser tratado como um mero fã de algo que está em voga,logo protestam: "eu via Robert Rodriguez quando ele ainda filmava casamento nos subúrbios da Cidade do México".

Um grupo de irlandeses bêbados já foi o restrito público adorador de uma banda promissora chamada u2.

Um jovem espinhento e um padeiro foram os primeiros amantes de uma moça recatada chamada Luciana Gimenez.

Se você sempre quis curtir algo em primeira mão e saber que você é um dos poucos que conhece essa tal coisa (banda, escritor, cantor, programa, série, filme)seguem algumas dicas de como ser o adorador de uma merda que ninguém conhece:

TV- Só de madrugada, não tenha preconceitos, vá da globo ao i-sat, de David Letterman ao Programa IURD.

LIVROS - Se tá na prateleira de uma livraria já é famoso, esqueça! Rode por sebos e procure livros engordurados de autores americanos de best-sellers fracassados.

MÙSICA- Muito fácil, existem um milhão de bandas querendo ser descobertas por você. Procure quartetos de gaita escocesa, solistas de banjo guatemalteco, ou rabeca quixeramobiense.

CINEMA- Cinema iraniano é pop, pra sua informação, o polonês, o sueco,o argentino, o japonês, o taiwanês e o javanês também. No futura, o cine conhecimento de vez em quando exibe uma merda que ninguém nunca ouviu falar. Na sessão de Gala que passa depois do domingo maior, na madrugada de domingo pra segunda também de vez em quando se exibe algo incomum.

Importante: Se você só fala português tá fudido, o que vem pro Brasil de fora em qualquer segmento já é de segunda mão, ou seja, já é bem conhecido. Vire um intelectual orgânico e passe a colecionar discos do Raimundo Soldado, Silvinho ou outro cantor brega que todo mundo já esqueceu.

Se você fala outro idioma, aproveite. Se fala inglês, francês ou espanhol perdeu a vantagem. Todo mundo fala, e pior, todo mundo que fala francês está na mesma caça.

Assim que achar que descobriu algo novo vá ao orkut e pesquise se há uma comunidade. Comunidade de até 50 membros é aceitável como cult.

Depois vá ao teste de fogo: O Google. Não pode haver mais de 5.000 resultados. Por exemplo, joguei meu nome: Nierine, e não deu mais de 400 resultados, a maioria não tinha nada a ver comigo.

Meu blog pode ser considerado cult.



Recentemente encontrei de madrugada no canal i-sat um programa de humor britânico muito legal chamado The Mighty Boosh.

Vince Noir e o Howard Moon são dois guardas de um arruinado jardim zoológico, o "Bog Fossil´s Zoo-niverse", propriedade de Bob Fossil, um empresário americano.

O Vince, considera-se razoavelmente afortunado, gosta de cores brilhantes e consegue falar com os animais. Obcecado por "pop music" e por telemóveis, não se importa muito quando o patrão lhe pede para vestir o fato de gorila, um vez que não tem dinheiro para sustentar animais verdadeiros e o velho gorila do zoo adoece gravemente...

O Howard, já se considera um pouco mais intelectual, costuma usar fatos de "tweed" e não é feliz, salvo quando se está a lastimar ou a mandar em alguém..."

o programa possui a carga de surrealismo próprio do humor inglês e os dois personagens principais dividem a cena com um gorila e uma espécie de guru chamado Naboo.

São poucos episódios, creio que 20, todos surreais e psicodélicos. Quase sempre Moon e Noir são lançados para uma realidade paralela e non-sense.

No programa ainda tem uma lua (tipo teletubbies) retardada e que faz comentários sem lógica e totalmente imbecis.

Então, dá próxima vez que alguém falar em monty python solte essa...

que monty python que nada, bom mesmo é...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Na casa de Irene a tristeza se vai....




Em razão das aleivosias propaladas por um destes que diz me seguir, resolvi antecipar a análise de uma canção que possui uma história muito pessoal.

Era início dos anos 80 e o cantor Agnaldo Timóteo, já célebre, realizava uma turnê pelo nordeste do país.

Boêmio, amante da vida noturna, Agnaldo chegou em zé doca, no maranhão, em uma fria noite de maio.

Após jantar em um restaurante de beira de estrada, o artista vagou pelas ruas escuras desta metrópole maranhense. Solitário e carente, atentou para uma casa com uma luz vermelha na frente, rumores de vozes, música e copos tilintando vindos da residência o chamaram a atenção e lá resolveu entrar...

(Falado)
Os dias tristes,
São como longa rua silenciosa,
De uma cidade deserta,
Deserta e sem céu.


trata-se da descrição do marasmo do cu de mundo que é zé doca.

(Cantado)
A casa de Irene,
De noite, de dia,
Tem gente que chega,
Tem gente que sai,
A casa de Irene,
Na casa de Irene, enfim alegria,
Na casa de Irene, a tristeza se vai.


Mas eis que a casa de Irene contrasta com o vazio da vida.


Dias sem esperança,
E esta saudade,
De ti.



(Falado)
São estes dias,
Como se fossem feitos de pedra,
Como num grande castelo vazio,
Onde reina a solidão.
(Cantado)

A casa de Irene,
De noite, de dia,
Tem gente que chega,
Tem gente que sai,
A casa de Irene,
Na casa de Irene, enfim alegria,
Na casa de Irene, a tristeza se vai.

(Falado)

E então eu te encontro na Casa de Irene,
E quando me vez, tu corres pra mim,
Olhas em meus olhos,
Seguras em minhas mãos,
E a sós em silencio,
Ficamos enfim.
(Cantado)

A casa de Irene,
De noite, de dia,
Tem gente que chega,
Tem gente que sai,
A casa de Irene,
Na casa de Irene, enfim alegria,
Na casa de Irene, a tristeza se vai.
Dias sem esperança,
E esta saudade,
De ti.


(Falado)
Nos dias tristes,
Eu quero lembrar-te.
Os dias tristes me levam a ti.
(Cantado)

A casa de Irene,
De noite, de dia,
Tem gente que chega,
Tem gente que sai,
A casa de Irene,
Na casa de Irene, enfim alegria,
Na casa de Irene, a tristeza se vai.

A casa de Irene,
De noite, de dia,
Tem gente que chega,
Tem gente que sai,
A casa de Irene,
Na casa de Irene, enfim alegria,
Na casa de Irene, a tristeza se vai....


Timóteo encantou-se logo por Irene, a dona do bordel. Os dois se apaixonaram e o cantor prolongou a turnê sempre aproveitando os dias de folga para visitar sua amada.

Em sua homenagem fez esta canção, uma versão da música do italiano Nico Fidenco.

Logo, o cabaré de Irene se tornou popular por receber artistas e poetas, se tornando a casa de campo mais movimentada do nordeste, perdendo apenas, anos depois, para o cabaré de bete cuscuz em Teresina.

O que Timotéo nunca soube, é quando voltou para o sudeste deixou uma semente do amor em sua amada, um jovem rapaz que hoje mendiga nas ruas do Coroado, bairro da zona leste de Manaus.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Na Galeria do Amor é assim...



Olá criançada!!

Hoje, em homenagem ao rei que esteve recentemente por estas paragens, analisaremos um de seus grandes clássicos. Pra quem não sabe, Agnaldo Timóteo é pai de um de meus seguidores, quando o cantor era assiduo frequentador da casa da luz vermelha de Zé Doca no Maranhão, onde lá, Timóteo encontrou o amor e criou um de seus hinos, intitulado "A Casa de Irene", mas isso é uma outra história.

O cantor, deputado, ex-bbb do sbt (casa dos artistas- isso não é nome de asilo?) sempre demonstrou ter uma sexualidade ambivalente. Em uma de suas canções mais famosas: Na Galeria do Amor, vemos esse seu traço marcante.

Vejam a canção:

Numa noite de insônia saí
Procurando emoções diferentes


Todo mundo sabe que quando o baitola tem uma crise pra amassar o aro não tem quem segure, abstinência gera insônia, no entanto o eu-lírico demonstra uma inquietude à qual ele não compreende a origem, então ele vaga atrás de algo "diferente", diferente do que? do padrão, do paradigmático, do convencional heterossexualismo opressor que nos ronda.


E depois de algum tempo parei
Curioso por certo ambiente
Onde muitos tentavam encontrar
O amor numa troca de olhar


Eis que o eu-lírico se atém a um lugar que o chama, nos pontos de encontro da irmandade a arte da sedução é muito sutil, através de olhares os baitingas procuram se entender...

Na galeria do amor é assim
Muita gente a procura de
Gente
A galeria do amor é assim
Um lugar de emoções
Diferentes


Eis o refrão... na galeria do amor é assim... o que Timoteo quer dizer com gente procurando gente? É claro que a conotação é homossexual, gente procura gente, procura seu semelhante, o mesmo de si, o homo.

Onde gente que é gente se
Entende
Onde pode se amar
Livremente
~

O amor livre! Livre das amarras do moralismo cristão!A queimação de lorto correndo solta.

Numa noite de insônia saí
E encontrei o lugar que
Buscava
A galeria do amor me acolheu
Bem melhor do eu mesmo
Esperava


Eis que o eu-lírico sai do armário. Sua angustia cessou pois encontrou o que tanto procurava, na galeria do amor foi bem recepcionado.


Hoje eu tenho pra onde fugir
Quando a insônia se apossa de
Mim
Na galeria do amor é assim
Muita gente a procura de gente
A galeria do amor é assim
Um lugar de emoções diferentes
Onde gente que é gente se
Entende
Onde pode se amar livremente
Onde gente que é gente se
Entende
Onde pode se amar livremente


É interessante como Algnaldo de uma maneira sutil retrata os guetos homossexuais tipicos dos anos 70. Lembrem-se que não estamos a tratar de boites para o público gay extremamente clichês como encontramos hoje.

Os homossexuais se reuniam em porões, becos, lugares isolados, tal ambiente é muito bem retratado no filme "Parceiros da Noite" onde Al Pacino é um policial que se infiltra na comunidade gay de Nova York para tentar desvendar a identidade de um assassino que está aterrorizando o grupo.

A experiência se revela muito mais brutal do que ele poderia imaginar. Para encontrar o maníaco, precisa mergulhar na atmosfera dos clubes de sadomasoquismo e outros redutos gays da cidade.

O filme de 1980 chegou a ser considerado homofóbico e Al Pacino gay, mas quem já não foi?