
Terminada a copa, com a seleção espanhola finalmente deixando de provocar a fúria de seus torcedores e a laranja mecânica mais uma vez voltando só o bagaço pra casa, o no seu aro entra no clima da corrida presidencial.
Dilma parece ter aprendido muita bem a lição de Lula para se tornar presidente e não foi apenas sua cara que mudou, a plataforma e os ideais também. Com as inúmeras concessões e reajustes, seu programa político parece informativo de tv por assinatura, não informa nada e agrada todo mundo.
Já sobre Jose Serra e a tucanada são dispensáveis maiores comentários. Viúva de FHC e Comadre do Gugu, inobstante a patética postura daqueles que o apoiam, enquanto os neoliberais franceses tem Sarkozy como simbolo máximo, vemos que até os burgueses brasileiros precisam conviver com ideologia de segunda mão.
A corrida presidencial, que a mídia pretende tornar bipolarizada, mostra a face ridícula de seus dois maiores candidatos e cada um tenta fortalecer seus pontos fracos.
Em uma entrevista a uma grande revista, um candidato ressaltou a importância da parceria com o setor privado, enquanto o outro explora sua imagem em um comercial de TV onde aparece um autor de cordéis com um carregado sotaque nordestino dizendo: “esse é bom”.
O primeiro candidato é Dilma. O segundo, Serra.
Correndo por fora, Marina se lança como opção, opção dessa eleição se prolongar para o segundo turno entre Dilma e Serra.
Marina vive num bizarro mundo de ecologistas e evangélicos, defensores da legalização do aborto e da maconha e neandertais fundamentalistas, conciliando ambos os setores.
Comungando em parte com o ideário de ambos, Marina ainda tem como vice, um empresário muito bem sucedido, que tenta dar ares de responsabilidade social à sua empresa, mas está sendo acusado de construir sua pequena mansão na Bahia em área de proteção ambiental.
Bizarrices da política e do Brasil.
Se de tal trio não vemos nada de novo no front, velhos candidatos ditos nanicos estão aí com pouco espaço, muita ideia, e pouco crédito.
Os nanicos exercem peso, e esse ano teremos seis. Juntando a perspectiva de votos de todos, chegamos a 1% que podem fazer falta aos que estão nas cabeças.
E ainda: As emissoras de televisão, em virtude da obrigatoriedade de dar espaço a todos, se recusam a realizar debates evitando dar voz à ideias e opiniões um pouco inusitadas e contrárias à política editorial dos gigantes da comunicação.
Por isso, o no meu, no seu, no nosso aro, convoca todos os seus leitores a avaliar melhor estes nanicos e dar crédito a eles, afinal, por qual motivo sempre torcemos para os mais fracos no esporte, mas na hora de escolhermos nosso presidente, coisa muito menos importante, não incentivamos os pequenos?

Ruy Costa Pimenta- PCO – Barbudo e de óculos, foge do padrão típico da extrema esquerda. Sua fama veio com o bordão da candidatura de 2002: “Quem bate cartão não vota em patrão”. Costuma dizer que eleição é um jogo de cartas marcadas, mas concorre para despertar os trabalhadores para a luta.
Seu bordão foi roubado por um grupo de adolescentes em 2006 que passou a divulgar a frase “Quem bate bronha não encosta na fronha” na rede mundial de computadores.

Plínio de Arruda – PSOL – Intelectual que abandonou o PT (mostrando que embora seja intelectual também é inteligente) e agora disputará a presidência pelo PSOL (Partido Socialismo Ou Liberdade). Plínio promete desapropriar toda terra com mais de 500 hectares, mesmo produtiva (Não sei quanto é 1 hectar, mas 500 acho que não tenho). Pretende ainda extinguir o ensino particular, mas sua maior dificuldade está em conseguir a aceitação de sua colega de partido Heloisa Helena.
Zé Maria – PSTU – Esse é rodado. Dissidente do PT, promete estatizar bancos, grandes empresas e propriedades privadas e salário mínimo de R$ 2.000,00, seu bordão é “contra burguês vote 16”. Sempre quis saber por qual motivo o Demo não optou por outro número e lançou o “Contra o proletariado vote 24”. Seu bordão também foi roubado por um grupo de adolescentes que passaram a espalhar o infame “Quem paga boquete, o meu apartamento é o 17”.

Levy Fidelix- PRTB – Fidelix, filho de Fidel Castro com o Gato Félix (Essa foi podre) tem como proposta principal o aerotrem, promessa repetida exaustivamente em outras campanhas. O aerotrem é um aeroporto para trens voadores. Promete também usar 1% do dinheiro do pré-sal para dar dentistas ao povo.
O aerotrem é a meta principal da plataforma de seu partido (PRTB- Partido Restaurador dos Trenzinhos Brasileiros).
Seu maior fracasso é nunca ter emplacado o jingle: “Vem, vem, vem, vem que tem... Levy Fidelix é O Homem do Aerotrem!”

Ivan Pinheiro – PCB – O menos conhecido de todos, Ivan pretende só pra aquecer começar extinguindo o Senado. Lugar que “virou prêmio para caciques ultrapassados e em fim de carreira”. Acho que para ajudar quando o projeto for passar pela Casa, o PCB lançou candidatos a Senador em oito Estados do país.

José Maria Eymael – PSDC –O mais famoso de todos os nanicos principalmente pelo seu jingle “Ei, ei, Eymael”. 6114 internautas já baixaram o ringtone pelo site do PSDC, o que representa mais do que os votos que ele terá na eleição. O sucesso é tamanho que já se encontra o “Ei, ei, Eymael” em três novas versões: axé, sertanejo universitário e milonga.
Em 1985, Eymael foi candidato a prefeito de São Paulo, mas não se elegeu, ficando nas últimas posições. Mas seu jingle de campanha, cujo refrão dizia "Ey Ey Eymael, um democrata cristão", ficou bastante popular.
O jingle tem uma finalidade lúdica, se você vê uma pessoa passando você diz: “Ei!” Se ela se vira você continua “ei, ei, Eymael".
Seu grande trabalho como parlamentar ajudou muito Deus nosso Senhor, que não fez nada e ainda parou na Constituição. Quando da Assembleia Nacional Constituinte, Eymael foi o autor do pronunciamento defendendo a manutenção do nome de Deus no preâmbulo da Constituição Federal,opondo-se a proposta que propunha a sua retirada.
Dos seis candidatos, Eymael disponta nas últimas pesquisas de intenção de voto na frente dos demais, segundo pesquisas do IPDSA (Instituto de Pesquisas do Seu Aro) Eymael tem a preferência de três eleitores, sua irmã, sua tiã Adelaide e sua mulher, além do seu próprio voto.
Fidelix larga em segundo com o seu voto e o de sua mãe, depois de convencer a velhinha de que uma das estações do aerotrem passará perto de sua casa.
Ruy Costa Pimenta tenta emplacar o primeiro voto convencendo sua mulher a votar nele, porquanto não pode contar com seu próprio voto, já que votar em si, para ele, é um ato egoísta, egocentrico, neoliberal e pequeno-burguês.
Gostei do Fidelix pelo respeito que ele tem com a mãe e pelo nome de estivador.
ResponderExcluir"...afinal, por qual motivo sempre torcemos para os mais fracos no esporte, mas na hora de escolhermos nosso presidente, coisa muito menos importante, não incentivamos os pequenos?"
ResponderExcluirSempre pensei nisso. E se dependesse de mim, o horário eleitoral seria todo do Ismael e o seu jingle. Podia rolar vários artistas da nossa música dando suas interpretações para o "Ei Ei Eimael, um democrata cristão". Já imaginou? Ia ser só alegria...
jah disse o mestre galeano..
ResponderExcluirtodos prometem e ninguém cumpre.
vote em ninguém.
ei ei eimael o democrata cagao
ResponderExcluirhe mael o melhor de todos vote em eimael
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