terça-feira, 17 de agosto de 2010

São apenas calúnias...



Ultimamente, este que vos escreve tem sido alvo de comentários e rumores sobre uma suposta revelação a ser feita no mês de setembro. Estaria ele aguardando o centenário do corinthians para revelar que na verdade é bambi?

Meus caros, não tenho nada a revelar, até em razão da única coisa que tenho a confessar e que volta e meia poderia ser motivo de constrangimento, é o fato público e notório que sim.. eu sou corinthiano.

Minha mãe sempre soube, meu pai chegou até a incentivar. O resto, foram más companhias, influências negativas da mídia (Dinei) e o principal: A falta de oportunidades. O sistema que me fez assim .

Quanto ao fato do bambilismo uma coisa cumpre observar.

Em muitas ocasiões o velado preconceito social do brasileiro de classe média e classe alta, que não pode fugir do políticamente correto, é expresso através de brincadeiras relativas aos torcedores de times tipicamente populares, como Corinthians e Flamengo.

Ou seja, o cara não pode dizer que não gosta de pobre, negro e favelado, mas pode falar mal de corinthiano e flamenguista associando as ideias diretamente.

Por outro lado, poder-se-ia dizer que as sátiras relativas aos sãopaulinos traduziriam uma homofobia velada. O que não é mentira. Mas há de se considerar que a relação cultural do brasileiro com o homossexualismo é muito híbrida.

O cara adora piada de bicha, ri de bicha, ri com bicha, imita bicha, mas não pode ser amigo ou parente de uma!?!?

Longe do patrulhamento ideologico, acredito que o humor ajuda a quebrar barreiras e o fato de impormos tabus só aumenta a tensão social e o preconceito velado. Eu por exemplo, fui criado numa cultura de consumo e produção de humor relativo aos gays, acho graça de piada de bicha, imito bicha, riu das ironias e graças das bichas e aprendi a conviver, respeitar e defender a diversidade...

Momento oportuno, para certos sujeitos, lembrarem que o bambi (e o ridiculo dos bambis) não é um termo pejorativo pela opção sexual de nossos colegas tricolores,mas um enaltecimento de sua origem elitista, racista e cheia de frescura.

Nossos avós corinthianos chamavam os avós dos bambis de pó-de-arroz. Expressão para o tricolor do morumbi e das laranjeiras que não admitiam negros ou mestiços em seu plantel.

Já sobre a revelação... prefiro citar outro pedreiro bruto e ríspido que um dia foi duvidado sobre o mesmo.. e assim ele brutamente respondeu na versão do clássico "tell me once again" que virou:

Diz que vai dar, meu bem
Seu coração pra mim
Eu deixei aquela vida de lado
E não sou mais um transviado

(ref.)
Telma, eu não sou gay
O que falam de mim são calúnias, meu bem
Eu parei . . . . .

Não me maltrate assim não posso mais sofrer
Vamos ser um casal moderno
Você de bobs e eu de terno (ref.)
Eu sou introvertido até no futebol
Isso tudo não faz sentido
E não é meu esse baby doll (ref.)

Telma, ô Telminha, não faz assim comigo
Não me puna por essas manchas no meu passado
Já passou, esses rapazes são apenas meus amigos
Agora eu sou somente seu, meu amor

3 comentários:

  1. aaahh tá! foi mal, cara, entendi errado. então as manhãs de setembro pertencem na verdade ao seu passado, não se trata de planos para um futuro próximo. que bom, tava ficando preocupada com a anne...
    mas no dia que vc quiser voltar, a comunidade vai te receber de braços abertos, viu! ;] haha

    ResponderExcluir
  2. "Comunidade"? Agora tu virou presidente de Escola de Samba?

    ResponderExcluir
  3. A "comunidade" gay, meu amor!
    Uh, Lady Gaga!
    (ão sei o q meu deu, eu me solto por aqui... haha)

    ResponderExcluir