quinta-feira, 15 de abril de 2010

Caminhos - Raul Seixas/ Versão- Pablo Nierine

Você me pergunta aonde eu quero chegar
Mas se existe tanta lonjura na vida
E pouquissima topique pra lá

E até a rolinha que voa
já tem estilingue pra lhe acertar

O caminho do reto é o rego
O da virgem é o cabaço
O do cabaço é o dedo
O caminho da brocha é o picasso

O caminho da mão é a maçaneta
O da música é o molejo
O da bulinada é a teta
O caminho do azul é o azulejo

O caminho da feia é o convento
O do trem é o destino
O do 99 é o cento
O caminho do padre é o menino

O caminho da bunda é o vaso
Ainda que o fresco mude o destino
O da quenga é o caso
O caminho da sujeiro é o imbigo

O caminho do baitinga é o sucesso
O do cego é o poste
O caminho do liso é o amigo
O do figado é a cirrose!

"E você ainda me pergunta:
aonde é que eu quero chegar,
se há tanta lonjura na vida
e pouquíssima topique pra lá!
E até a rolinha que voa
já tem menino buchudo pra lhe matar!"

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