quinta-feira, 11 de março de 2010

Dudu e Seu Jorge





Pra você que pensa que todo preto (afro-descendente) que canta merda (pagode) é pobre (humilde) e passou uma infância dificil na favela (comunidade) é importante observar uma situação curiosa no Brasil.

Os cantores e primos Dudu Nobre e Seu Jorge realizaram uma verdadeira inversão de papéis:

"Primogênito de quatro filhos, Charles, Vitório e Rogério. Seu Jorge teve uma infância dura mas tranquila. Começou a trabalhar com dez anos de idade em uma borracharia, primeira de várias ocupações como contínuo, marceneiro e office-boy, entre outras. As variadas profissões nunca ofuscaram o seu verdadeiro desejo de se tornar músico. Desde adolescente, frequentava as rodas de samba cariocas acompanhando o pai e os irmãos em bailes funks e Bailes charmes da periferia, e cedo começou a se profissionalizar cantando na noite.

Foi aí que a morte de seu irmão Vitório em uma chacina levou a família à desestruturação, e Seu Jorge acabou virando sem-teto por cerca de três anos. A nova virada se deu quando o clarinetista Paulo Moura o convidou para fazer um teste para um musical de teatro. Foi aprovado e acabou participando de mais de 20 espetáculos com o Teatro da Universidade do Rio de Janeiro, como cantor e ator.
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João Eduardo de Salles Nobre, o Dudu Nobre (Rio de Janeiro, 6 de novembro de 1974) é um compositor e cantor brasileiro.

"Filho do engenheiro João Nobre e Anita Nobre. Aos seis anos de idade, começou a estudar piano clássico, e aos nove ganhou o instrumento que se tornaria inseparável, o cavaquinho. Dudu foi casado com a modelo e dançarina Adriana Bombom e tem duas filhas com ela: Olívia e Thalita. É ainda irmão da porta-bandeira Lucinha Nobre, primo do cantor e ator Seu Jorge e afilhado do sambista Zeca Pagodinho".


Enquanto Dudu Nobre filho de engenheiro paga uma de magnata do morro e canta versos como "Eu sou pobre mas sou brasileiro, Brasileiro sempre vou ser", por sua vez, Seu Jorge esse sim pobre fudido se dedica a cantar: burguesinha, burguesinha, burguesinha.

Irônico não? Mas é a cara do Brasil

Um comentário:

  1. É a cara do Brasil. Que nem o carinha do Rappa pagando de favelado, o Chico Buarque dando uma de malandrão e o Ney Matogrosso querendo ser estivador. É por isso que só ouvo Falcão (o do Nordeste, não o do rappa).

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